O futebol de Santa Catarina vive um período marcado por retomadas, conquistas e expectativas renovadas. Após o retorno da Chapecoense à Série A do Brasileirão e o título da Copa Santa Catarina conquistado pelo Figueirense, o cenário estadual ganha novos contornos e desafios. A seguir, um panorama atualizado da situação dos principais clubes catarinenses no contexto nacional.
A Chapecoense protagonizou uma das histórias mais emocionantes do futebol recente ao garantir seu retorno à Série A. A conquista do acesso ocorre em um momento de forte carga simbólica, marcando um novo capítulo de reconstrução após anos difíceis dentro e fora de campo.
A trajetória na Série B não foi simples: o time começou o ano oscilando e enfrentando dificuldades semelhantes às de outros clubes catarinenses. Porém, embalou na reta final e mostrou força competitiva para voltar à primeira divisão.
O desafio agora será manter estabilidade na elite, evitando o ciclo de sobe-e-desce que marcou a última década.
Enquanto a Chapecoense celebra sua volta à elite, o Figueirense vive sua própria fase de renascimento. A conquista do tetracampeonato da Copa Santa Catarina devolveu ao clube um título importante e garantiu vaga na Copa do Brasil — uma das competições mais rentáveis e com maior visibilidade no país.
Mesmo não atuando atualmente nas principais divisões do Brasileirão, o Figueira demonstra força regional e ensaia uma reconstrução que pode recolocá-lo em palcos nacionais maiores nos próximos anos.
O Criciúma, tradicional representante catarinense, protagonizou uma disputa intensa na Série B, chegando a flertar com o acesso. Apesar da recuperação no decorrer da temporada, o clube acabou ficando pelo caminho na briga pela elite.
O Avaí, também na Série B, enfrentou dificuldades para se firmar e oscilou ao longo da competição. Já o Brusque, disputando a Série C, lidou com desafios semelhantes, reforçando o cenário de instabilidade dos clubes do estado no futebol nacional.
Um dos destaques inesperados da temporada foi o Santa Catarina Clube, de Rio do Sul, que alcançou uma inédita vaga na Série D nacional. A classificação surge como um sopro de renovação no cenário estadual e mostra que há espaço para crescimento de projetos estruturados fora do eixo da capital ou do oeste.
No ranking nacional, os clubes catarinenses aparecem de forma modesta. Embora alguns tenham tradição de Série A, o estado não possui equipes com presença constante e duradoura na elite — diferentemente de centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Os principais desafios seguem sendo:
Sustentabilidade financeira
Investimento em categorias de base
Gestão profissional e planejamento de longo prazo
Ampliação das receitas e das torcidas ativas
Por outro lado, as perspectivas são positivas. A presença da Chapecoense na Série A traz visibilidade e recursos; o Figueirense volta ao cenário nacional via Copa do Brasil; e clubes emergentes ampliam o mapa do futebol catarinense.
O futebol catarinense vive um momento de reconstrução, marcado por emoções fortes e passos significativos. A Chapecoense simboliza a resiliência, o Figueirense ensaia um retorno competitivo, e Criciúma, Avaí e Brusque seguem na luta por estabilidade.
Com bons projetos e melhor estrutura, Santa Catarina tem potencial para se reafirmar no futebol nacional — e os sinais de um novo ciclo já começam a aparecer.
26/11/2025